A partir de 17 de fevereiro de 2024 | Museus

V Mostra de Arte Postal "Viseu Encontrei o Meu Amor"

O projeto de Arte Postal está de regresso à Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea, em Viseu, desta vez com a V Mostra, resultado da convocatória internacional lançada em 2022, sob o mote “Viseu Encontrei o Meu Amor”.

A exposição de criações postais apresenta um conjunto de 164 trabalhos, verdadeiras “declarações” de amor à arte e ao território viseense.

Em exibição estão 55 obras de 38 artistas – estes provenientes de 14 países -, às quais se somam outras 109 criações, resultado da participação de várias escolas e famílias nas Oficinas de Arte Postal, realizadas em 2023. É possível observar o uso de diferentes técnicas e materiais, da pintura em aguarela e acrílico, à fotografia ou tinta da China, mas também diversas colagens e trabalhos com relevo.

Na década de 1960, correspondências trocadas entre artistas plásticos deram origem a mais uma forma de expressão da arte contemporânea: a Arte Postal, conhecida como Mail Art. Esta consistia em trocar mensagens criativas utilizando o correio tradicional e surgiu como uma alternativa aos meios convencionais das exposições de arte (Bienais, Salões, entre outros). O projeto de Arte Postal é desenvolvido há 5 anos e conta já com uma participação superior a 550 envios, oriundos de vários pontos do mundo.


Próximos Eventos


30 de Abril de 2024 a 01 de Junho de 2024
Exposição "Um fotógrafo na Revolução", de Sérgio Valente

No âmbito das comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril em Viseu, o Museu Almeida Moreira acolhe uma exposição de fotografia, da autoria de Sérgio Valente, que retrata aspetos do processo de desenvolvimento e refluxo revolucionário. A exposição é constituída por diversas fotografias, a cores e a preto e branco, que documentam um vasto número de acontecimentos e os seus protagonistas, os quais a objetiva de Sérgio Valente foi captando, entre os anos de 1964 e 1982, nos vários concelhos do distrito do Porto, com maior incidência na cidade Invicta. Sérgio Valente nasceu no Porto, em plena ditadura, no seio de uma família carenciada e politicamente desperta. Cedo iniciou uma participação social e política que se tornou cada vez mais ativa, marcada por três factos relevantes: a campanha eleitoral do General Humberto Delgado; a tentativa, bem-sucedida, de não ser mobilizado para a Guerra Colonial; e as três prisões a que é sujeito pela PIDE, em 1969, 1971 e 1973. Na luta contra o regime, qualquer acontecimento lhe serviria de pretexto para baralhar a ordem estabelecida. A coragem e a convicção da razão que o movia, mais fortes do que o medo, marcaram a sua intervenção e percurso de vida. Fotógrafo de profissão, descobre na sua máquina uma arma com enorme potencial de denúncia e de memória. A exposição pode ser visitada entre os dias 30 de abril e 1 de junho de 2024, no Museu Almeida Moreira.